sábado, 22 de fevereiro de 2014

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Dentro de um vazo, vi luz e raios. Escuridão me tinha apatia
Alma nem lá existia e nem se quer ouvia. Ouvi
Ouvi não alma, houve barulho da chuva, chuva forte igual do sertão
Aquecia algo dentro do meu peito aquele barulho, tenho que como certeza que algo batia por conta do barulho que havia e eu ouvia lá fora do grande vazo.
Odiei não conseguir subir aquelas grande paredes do vazo. Caia sempre. Chorava todas as vezes no fundo do vazo.
Até que então por alguma força que achava não ser minha apreendi a voar, e asa nem criei.

Por supremacia de um dom me vi sair do vazo
Fora do vazo vi também que ele era pequeno.
Vi luz na chuvarada. luz do relâmpago e barulho do trovão
Eis que eu era também trovão, e o trovão amava a mim. Ou eu achava que ele amava, ou eu achava que ele demostrava.
Como é magnifico ser isso. Imagine como é bom ser tudo de uma vez só.
Eu sou luz, barulho, grande, veloz, presente e majestoso.
Sou o som do raio, queimo bem mais que o fogo, faço os flashes de tua câmera parecerem  velas perante a um farol. Meu ego está subindo.

Quem era eu? Nem ego e nem nada tinha. E estou me achando o trovão.
Trovão é ele mesmo, e ele não sou eu.
Sou uma presença saída do vazo para enxergar o que tem fora dele.
E fora dele tem você, o ser que me apaixonei.

Que é abstrato.
É forte.
Luz.
E não é pra mim.

Justamente o mais importante... Não ser para mim.
Trovão já é comprometido... Tem ele compromisso com a chuva, o raio, a nuvem, o vento e a luz.

Tenho que me admirar, pois o majestoso som que me tira outrora do vazo, é o mesmo que me mostra o qual pequeno sou, e idiota de se iguar a tamanha força majestosa.
O que havia me dado asas era eu mesmo, mas a força que fez eu ter sublimado de um ser para outro foi tua, trovão. Me fez achar que eu era como você, me fez eu mesmo me enganar, logo eu que nem sei que sou.

Já voltei para dentro do vazo, onde eu nasci e cresço.
Um dia tentarei ver em o que mais eu me transformarei
Mas o que eu gosto é de ouvir é essa chuva lá fora e esperar teu barulho e tua luz para mudar em um segundo todo o meu mundo.
Me preencher de você.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ventos turbulentos no qual estou lendo. Desabafos de um morto part. 1

Criando o amor, é isso que eu sinto que está começando. Amor é tão bom de se criar, tem tanto calor que lembra o almoço bom de um domingo.
Tenho tantas esperanças nele, estou tão feliz em falar dele. Ele sempre foi algo que eu busquei.
Veio para mim mas nunca se apresentou, estava dentro de mim, entretanto não existia. Amo só de gostar de amar.

Amar não significa gostar muito de uma pessoa. Meu amor não é esse. Meu amor é diferente. Lembro de ter escrito em outro texto sobre as cores do amor. Meu amor não tem cor, e ele é diferente do "só amor".
Não sei amar do jeito que vejo em tv's, musicas e etc. Amo tanto de um jeito que não sei o outro jeito de como é amar. Meu amor não é por gosto, sabor, cheiro, valor, ou nada disso de se vê nos livros.

Não quero falar de um grande amor, um grande amor que aprendemos que devemos sentir. Quero falar de um amor que se sente por que se sente. A vida não me ensinou, não existiu treino. Mas a felicidade esta dentro do coração jovem. Amei sem sonhar, amo sem pensar, gosto de sentir.

Quando era pequeno eu achava que amor era quando meu irmão deixava eu ajudar a minha cama na dele, e colocar a minha perna por cima da perna dele por um "tic" meu de não conseguir dormir sozinho. E eu quando era criança simplesmente era um gênio em amar, e isso que eu achava era o que é amor. É o meu amor.

Também quando era criança, mesmo sem ter infância, eu sabia o que era amar. Chorava ao olhar a vida de algumas pessoas, em observar o jornal e perceber os crimes e dor de pessoas, eu chorava... Eu chorava quando existiam acusações falsas, brigas e derrotas. Eu sentia as pessoas, e eu amava elas. mas...

Mesmo criança, quando cresci. Algo que aconteceu em uma manha que chovia fez muita diferença em minha vida. Não entendo quais são os planos de Deus, ou se deus realmente tinha algum plano ou ligasse para o que aconteceria com as pessoas. Mas eu tenho certeza que ninguém merecia ver o que uma criança dessas viu, ou sentir tanto medo quanto ela viu. Ela sairá antes de casa para ir ao um fliperama, e não imagina que nem na metade de seu caminho o verdadeiro jogo que ela viria terminar era o da vida.

Todos os sonhos foram acabados, tudo na vida mudou. Até a manhã fria e chuvosa que a criança observava e gostava ficava cada segundo mais fria. Era dia, mas para mim passou a ser noite, e a noite passou a ser todos os dias. O caminho que fazia agora era o do retorno para casa, tinha jogado seu dinheiro para o jogo fora, não chorava. No seu rosto havia algo pior que a dor que faria alguém chorar. O próximo passo que a criança fez não se pode escrever, é algo que uma criança não faz, foi algo que nem vi em filme e foi uma coisa madura demais, tanto que doía de verdade.

Cheguei em casa, era sábado (lembrei). Minha mãe não perguntou nada por que no sábado como meu pai não ia trabalhar ela costumava acordar um pouco mais tarde. Cheguei e ela tava ainda no quarto. Tomei um banho, fui pro quarto, antes de dormir olhei para o meu irmão e lembrei de algumas palavras que ouvirá mais cedo, ainda não chorei. Vi a morte, tanta coisa em mim morreu. Morreu até a ultima que se morre, morreu também o que sentia pelas pessoas, tenho certeza que eu morri também. Minha mãe perguntou depois que acordou o por que eu fui dormir, começou a saga da mentira.

Não sou infeliz, não sou feliz. Sou uma criatura imparcial que acha muita coisa e que tem medo de varias outras que acha. Mas mesmo assim estou alegre por que acho que encontrei pessoas que me amam e me espelho em amar.

Guarde tudo que você viu e achou que viu para você. Não tire conclusões, sou só uma criança que sabe digitar e que não sabe de muita coisa.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Não há barulho.

Sentir.
Algo difícil demais para mim.
Difícil não para a pessoa que se olha no espelho, e nem para o seu reflexo em mim.
Difícil quando você é o espelho.
Sou o Espelho.

Convivo com muitos sentimentos
Todos os sentimentos.
Me deparo com muito rostos.
Todos os rostos.

Mas não tenho rosto, não sei o que é isso. Meu papel é mostrar o que as pessoas querem ver, e quando elas não gostam do que vê, logo se arrumam com minha ajuda e saem felizes.

Queria sair feliz também.

Que coisa egoísta a minha. Eu, Espelho querendo ter sentimento. Era para estar feliz em fazer as pessoas felizes.
Tanta gente gosta de mim, tanta gente diz que me ama. Por que eu não sou feliz com isso?!
Minha prima falou que é por que eles gostam de mim por eu refletir, se eu não tivesse essa função não gostariam de mim, e eu não sou feliz porque sei disso.
Ela ta certa. Minha prima podia ter ficado calada.

E se eu realmente deixasse de refletir?
Eu ganharia emoções?!
Ganharia alegria?!
e Felicidade, saberia onde haveria?!

Tenho tanto medo de descobrir. Pelo medo prefiro refletir.
Tenho algum uso assim. Não quero virar caco igual a vizinha do lado. Prefiro não arriscar
Viver é algo que eu só sei que existe nos outros, e eu refletindo a vida fico vivo ou acho que fico.

Se um dia eu for quebrado e jogado lá fora, na rua, onde ninguém nunca vai ser refletido por mim. Eu vou começar a refletir o azul e o Sol forte?
Ou vou apagar igual os olhos que, antes eram brilhantes, de um morto!?

Realmente com tanta coisa assim
Sentir não é coisa para mim.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sou daltônico.

O amor é tão inexplicável, tanto que se pode comparar com cor.
Existe amor de quase todo tipo de cor.

Se tem o amor preto,
que é o amor guardado e sentido por só um,
alimentando por um desejo de se ter a todo custo
nem sei se é de verdade amor;

Tem amor verde que é esperançoso.
É a esperança de um sonhador de uma dia encontrar alguém para poder sonhar em amar;

Tem amor azul.
Me disseram que era o melhor tipo de amor;

Existe o amor vermelho.
Vermelho de paixão, de fogo, de desejo.
Mas esse amor acaba, e quando acaba fica só o vermelho.

E tem o amor
esse nem precisa de cor,
já é amor.