E que se passe o tempo.
Que comemore cada aniversario
Sem mim
Sou eu em cada garrafa vazia
Sou eu em cada suor
Na tua pele
Na tua alma
No teu lençol
Qual foi a coisa mais bonita que você ouviu hoje?
Quem entoou tão bem tua poesia?
Que dúvida te gerou em mim?
Quando é que esse braços abrem abraços
E quanto é pra mim?
Sou tão nada que nem sei se sou. Sou tão tudo que me perco onde estou. Cada gota d'agua é um oceano, e um grão de areia um mundo.
Intenso.
Grande.
Por favor.
Pare.
Eu já não sou mais eu.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Cigana
Ela lia mão, Mãe.
E meus olhos liam os dela
Minha língua lia a boca dela
E lia outros lábios também.
Ela lia mão, Mãe.
E minha mão o peito dela
E meus dedos a nuca dela
E seus cabelos também.
Ela lia mão, Mãe.
E meu nariz o perfume dela
E o pescoço dela
E entre as pernas dela também.
Ela lia mão, Mãe.
E eu lia ela.
E ela me lia todo
E mentia também
Eu deixei de ler ela.
E ela
E eu tô bem.
E meus olhos liam os dela
Minha língua lia a boca dela
E lia outros lábios também.
Ela lia mão, Mãe.
E minha mão o peito dela
E meus dedos a nuca dela
E seus cabelos também.
Ela lia mão, Mãe.
E meu nariz o perfume dela
E o pescoço dela
E entre as pernas dela também.
Ela lia mão, Mãe.
E eu lia ela.
E ela me lia todo
E mentia também
Eu deixei de ler ela.
E ela
E eu tô bem.
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